sexta-feira, 8 de maio de 2009

Mistérios do universo são temas de pesquisa na UFPA



“Uma armadilha de pura gravitação que impede todo corpo, raio de luz ou outro sinal clássico de escapar de seu interior”. Esse é o buraco negro, fenômeno do universo que resulta da morte de uma estrela e onde o campo gravitacional é tão forte que pode chegar a formar um redemoinho irresistível, dentro do qual tudo, até mesmo a luz, é obrigado a rodar em um mesmo sentido. A formação de um buraco negro na galáxia em que se encontra o sistema solar, por exemplo, poderia provocar efeitos de radiação extremamente violentos, os quais levariam à destruição da vida no planeta Terra.
Esse e outros mistérios do universo são assuntos que, atualmente, merecem destaque na pauta de discussões científicas do mundo inteiro, pois 2009 foi instituído o Ano Internacional da Astronomia em comemoração aos quatro séculos que se passaram desde as primeiras observações telescópicas do céu feitas por Galileu Galilei. No Brasil, essa comemoração se estende aos 90 anos das observações astronômicas realizadas em Sobral (CE) por cientistas de vários países que confirmaram a validade da Teoria da Relatividade Geral de Einstein, a qual prevê a existência dos buracos negros.
Mas e se, de repente, diferente do que se pensou inicialmente a respeito, descobrisse que buracos negros não são nem eternos nem tão negros, como estipulava a Relatividade Geral de Einstein, e sim que evaporam emitindo todo tipo de partículas até eventualmente desaparecerem numa forte explosão. Isso é o que prevê a Teoria Quântica de Campos em Espaços Curvos (TQCEC), concepção moderna que é objeto de estudo do projeto de pesquisa coordenado pelo professor da Universidade Federal do Pará Jorge Castiñeiras, membro do grupo de pesquisas em Teoria Quântica de Campos e responsável, também, pelo Núcleo de Astronomia (NASTRO), da Faculdade de Física/UFPA.
Um dos objetivos do NASTRO é difundir os princípios da Astronomia. O projeto de extensão da Física promove atividades como seminários, minicursos e experimentos, envolvendo não somente estudantes da graduação da UFPA, como também visitantes de escolas públicas e da comunidade em geral. O NASTRO tem programação aberta ao público, semanalmente, todas as quartas-feiras, a partir das 18h20, no Bloco Qb, sala 04 - Campus Básico da Cidade Universitária. Após o momento em classe, os participantes vão a campo observar as estrelas com o uso de telescópios.
Segundo Jorge Castiñeiras, os projetos de extensão da Faculdade de Física da UFPA oportunizam e socializam o conhecimento por meio de uma experiência didática, eficiente e alternativa. A meta é não apenas popularizar as teorias e conceitos da Astronomia, mas também fazer as pessoas perceberem que as leis da Física estão muito mais presentes no cotidiano do que se pode imaginar. Para começar, basta olhar para o céu.
Publicado em 04/05/09
Texto: Ascom UFPA (http://www.portal.ufpa.br/imprensa/noticia.php?cod=2902)
Publicado em 05/05/09
Diário do Pará: http://www.diariodopara.com.br/noticiafull.php?idnot=41828

Observações Astronômicas do NASTRO

As observações astronômicas do Núcleo de Astronomia são realizadas todas as quartas-feiras no Mirante da Reitoria, após um seminário (relacionado a temas como Astronomia, Astrofísica e Cosmologia) e orientação do céu por meio de programas de simulação computacional como o Cartas do Ciel e Estelárium, ministrados pelos bolsistas e colaboradores do projeto. E também durante a participação em eventos.

Telescópios do NASTRO

O Núcleo de Astronomia organiza observações astronômicas periódicas, abertas também para o público em geral. Para estas observações são utilizados os instrumentos astronômicos disponíveis no NASTRO como telescópios.

quinta-feira, 7 de maio de 2009